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Bolsa fecha 2009 com alta de 120,9% - em dólares!

 

Resultado foi reforçado pela variação cambial, com uma queda de mais de 25%, a maior desvalorização da história frente ao real.

Estado SP - 31dez09

   

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve os maiores ganhos entre as principais bolsas do mundo em 2009. Até terça-feira, o índice MSCI Brasil avançava 120,9%, ante 118,8% do MSCI Indonésia, segundo dados do banco americano Morgan Stanley. Se comparado com índices de países como os Estados Unidos e o Japão, a diferença é imensa. Nos pregões americanos, a valorização era de 25,4% e nos japoneses, de 6,7%.

Essa série de termômetros do mercado acionário global foi criado pela MSCI Inc., divisão do Morgan Stanley. É a medida mais usada pelos investidores para comparar as bolsas porque adota referências semelhantes e elimina a influência das moedas locais.

A valorização do real frente ao dólar contribuiu de forma significativa para colocar a Bovespa no topo do ranking mundial. Ontem, último pregão de negociação do ano no mercado brasileiro, o dólar fechou cotado a R$ 1,743, com uma queda acumulada no ano de 25,35%.

Foi a maior desvalorização nominal da história da moeda americana frente ao real, segundo a empresa de informações financeiras Economática. Em 2003, marco do primeiro recuo do dólar frente a moeda brasileira, a queda fora de 18,23%.

Depois de iniciar 2009 abaixo dos 40.244 pontos, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) chegou a 68.588 no último pregão do ano - alta de 82,66%. Foi de longe a melhor aplicação financeira, seguida dos fundos de renda fixa, cuja rentabilidade média foi de apenas 8,12% no ano.

Com isso, o Ibovespa se aproximou do pico de 73.516 pontos atingido em maio de 2008, antes do acirramento da crise global que derrubou as bolsas ao redor do mundo.

A recuperação das bolsas veio com a volta do apetite dos investidores estrangeiros, desencadeada pelas políticas de diversos governos de combate à crise, que elevaram a quantidade de dinheiro em circulação no mundo e reduziram de forma significativa as taxas de juros domésticas.

O excesso de dinheiro levou a uma recuperação em vários países, mas o movimento foi mais forte em mercados emergentes, mais protegidos da crise, e que também tradicionalmente oscilam mais. O Brasil é um caso exemplar: tanto a alta da bolsa em 2009 como a queda do dólar foram das maiores alcançadas no mundo.

A redução de 5 pontos porcentuais na taxa básica de juros (Selic) ao longo do ano (de 13,75% para os atuais 8,75% ao ano) foi destaque na economia brasileira. O País foi pouco afetado pela crise, devido à força do seu mercado doméstico, que foi vitaminada por medidas anticíclicas do governo federal, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros, materiais de construção e eletrodomésticos.

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